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Projeto Canta pra Sarar, que seria uma iniciativa apenas para crianças, expandiu-se para pacientes adultos, parentes, atendentes, médicos e outros profissionais

É possível guardar boas lembranças da passagem por um hospital? Segundo o Grupo Saracura, coletivo de músicos que atua desde 2005 em hospitais de São Paulo, sim.

Criado inicialmente para tornar mais agradável o tempo de espera das crianças e seus familiares nos prontos-socorros do Hospital Sabará, em São Paulo, o Saracura deu-se conta de que havia espaços mais carentes de música e arte dentro do ambiente hospitalar, como quartos de internação e UTI, por exemplo.

Criou então o projeto Canta pra Sarar e o que seria uma iniciativa apenas para crianças, expandiu-se para pacientes adultos, parentes, atendentes, médicos e outros profissionais.

“Nossa proposta é, justamente, humanizar o ambiente. Quando você entra em um quarto para tocar música para uma criança, você deve ter uma sensibilidade muito grande, pois, às vezes, ela está mais triste, para baixo. A ideia não é só fazer festas e oba-oba, falando alto. Queremos respeitar a individualidade de todos e isso se relaciona bastante à afetividade e ao carinho”, diz Felipe Glebocki, 28 anos, músico e um dos sócios do grupo.

Cancioneiro nacional é valorizado

Hoje, o Saracura leva quase que diariamente a hospitais diversos e associações o seu rico repertório, diz Glebocki: “Costumamos levar para os hospitais o cancioneiro popular, que são canções de ninar, acalantos, cantigas de roda, cantigas de jogos, cantigas de história, cantigas de passeios, cantos cumulativos e cantos de não findar, entre outras manifestações musicais”.

O grupo congrega dez músicos com formações distintas, inclusive em Psicologia. E os planos do coletivo vão longe. Segundo Glebocki, o Saracura já pensa em 2015: “Estamos buscando incentivo da Lei Rouanet, via edital, para aumentar o nosso corpo musical e capacitá-lo”.

Foto: Facebook / Reprodução.


Autor: Dialoog Comunicação
Fonte: Terra - Saúde

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