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Com a promessa de emagrecimento rápido, a dieta do hormônio da gravidez é a queridinha da vez

Com a promessa de emagrecimento rápido, a dieta do hormônio da gravidez é a queridinha da vez. Mas o uso do hormônio HCG - sigla em inglês para Gonadotrofina Ciriônica Humana - para este fim é controverso e pode causar sérios riscos à saúde. "Não há evidências científicas que sustentem as injeções de HCG como estratégia de emagrecimento. Além disso, a estimulação excessiva e desnecessária dos ovários pode causar (ENUMERAR SINTOMAS/DOENÇAS DECORRENTES)", alerta o professor da UFRGS e especialista em reprodução humana João Sabino da Cunha Filho.

Uma vez presente no organismo, o HCG sinaliza ao hipotálamo - região do cérebro que afeta o metabolismo - para mobilizar reservas de gordura. Na gravidez, isso ajuda a trazer nutrientes para a placenta, gerando ao feto a energia para crescer. "A dieta geralmente combina injeções diárias do hormônio com uma ingestão diária de 500 calorias. Provavelmente a perda de peso se dá mais pela restrição calórica do que pelo uso do HCG", avalia Sabino. Recentemente a dieta foi tema de reportagem jornalística e reacendeu o debate sobre a busca pela redução de peso imediata. No Rio Grande do Sul, o HCG está sendo vendido livremente na internet e indicado por profissionais de clínicas estéticas.

O HCG é produzido pela placenta durante a gestação e extraído da urina de mulheres grávidas, aprovado apenas para o tratamento de determinados problemas do sistema reprodutivo masculino e para estimular a ovulação nas mulheres que têm dificuldade para engravidar, explica Sabino. Ele ainda justifica que não há pesquisas que comprovem a sua eficácia em tratamentos para redução de peso.


Autor: Sâmela Lauz
Fonte: Camejo

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