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Prática traz prejuízos para audição e problemas comportamentais

Não é difícil presenciar a cena de uma criança ou adolescente com fones de ouvido, isolados do mundo e curtindo uma música com volume alto. A prática tem despertado atenção da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul e de médicos pediatras que estudam o assunto.

- É algo que nos preocupa demais. Inclusive temos dois livros com grupos de professores que falam do impacto da saúde através do uso da tecnologia e em ambos existem capítulos que tratam disso. A perda de audição é irreversível porque ele sofre um trauma acústico. Pode ser pelo uso repetitivo ou pelo uso agudo, que lesiona o ouvido. É motivo de alerta porque as crianças ou adolescentes vão perdendo a audição - afirmou a pediatra e hebiatra Suzana Graciela Bruno Estefenon.

Outro fator é comportamental e social na medida em que o adolescente deixa de se relacionar com outras pessoas.

- Preocupa a sensação de isolamento do adolescente que se fecha ouvindo música, navegando na internet ou jogando vídeo-game o tempo inteiro sozinho. Claro que esse é um fator que implica e traz um impacto na saúde mental - completou a médica.

O aparelho auditivo humano suporta até 60 decibéis (dB) durante 60 minutos a cada 24 horas. Períodos superiores a isso, e, principalmente, a níveis de som mais intensos, já são nocivos à audição.


Autor: Suamy Sejanes
Fonte: Play Press

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