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Trata-se de um ambiente de ensino e capacitação em videocirurgia e também em realidade virtual

Manipular instrumentos, praticar cortes e movimentações em tecidos humanos, enfrentar complicações inesperadas - estas são apenas algumas das situações envolvidas em uma cirurgia. Passar por tudo isto sem precisar envolver um paciente real é um grande diferencial para o ensino e para a prática da medicina. Possibilitar esse treinamento é o foco do Centro de Simulação em Procedimentos Minimamente Invasivos, através de parceria entre o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e o Instituto Simutec. Trata-se de um ambiente de ensino e capacitação em videocirurgia e também em realidade virtual. No local, acadêmicos, residentes, médicos contratados e professores têm acesso a modernos recursos tecnológicos para aprendizagem de técnicas cirúrgicas e os próprios professores podem desenvolver suas habilidades, bem como experimentar a introdução de novas técnicas. Em funcionamento desde março, o centro treina atualmente mais de 220 estudantes e profissionais médicos do HPCA e deve capacitar cerca de 550 pessoas ao ano – entre elas, 160 estudantes de medicina, cuja performance é registrada e acompanhada através de parâmetros internacionais e validada pelos professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

As simulações são focadas principalmente na videolaparoscopia, técnica minimamente invasiva, utilizada em casos como retirada de apêndices, hérnias, cirurgias de vesícula biliar, no útero ou cirurgia bariátrica (de obesidade). Também estão em implantação treinamentos em endoscopia digestiva alta (para doenças do estômago) e baixa, de colonoscopia (para avaliação do intestino grosso), bem como endoscopia respiratória para doenças do pulmão. A cirurgia vascular e a cardiologias serão os próximos programas a possibilitar o treinamento em realidade virtual antes que o profissional tenha contato com o paciente. Segundo o coordenador do Programa de Cirurgia Robótica, professor Leandro Totti Cavazzola, trata-se de um projeto educacional diferenciado. “É possível repetir o treinamento inúmeras vezes, com economia de recursos, e, principalmente, sem o envolvimento de vidas humanas ou de animais. O estudante pode cometer erros em um ambiente simulado e aprender sem sofrer as consequências dessas ações”, aponta.


Autor: Redação
Fonte: HCPA

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