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Reunião possibilitou entendimento entre a Secretaria da Saúde de Porto Alegre e a direção do hospital, que tinha quase metade dos leitos ociosos

Uma audiência convocada pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público do Estado viabilizou a retomada do encaminhamento de pacientes ao Hospital Parque Belém, na zona sul de Porto Alegre. No início de dezembro, reportagem publicada por ZH mostrou que o hospital tinha leitos ociosos para atendimento pelo Sistema Único de Saúde.

Na reunião realizada na segunda-feira entre a promotora de Justiça Liliane Pastoriz, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a direção do hospital, ficou decidido que, a partir desta terça-feira, o Parque Belém voltaria a receber usuários encaminhados pela Central de Regulação da SMS. A secretaria havia determinado a suspensão do encaminhamento de pacientes do SUS porque o hospital não vinha oferecendo condições de atendimento com qualidade e segurança para os usuários.

O secretário Carlos Casartelli mostrou à promotora documentos comprovando deficiências nos serviços prestados pelo hospital e fez um relato de todas as tentativas feitas ao longo do ano no sentido de apoiar o hospital, inclusive adiantando recursos repassados pelo Estado (antecipação até novembro de 2014) para que o hospital se reorganizasse e pudesse promover os atendimentos previstos no plano operativo.

A supervisora-geral do Hospital Parque Belém, Claudia Abreu, reconheceu que alguns problemas pontuais motivaram a recusa de pacientes, mas depois os serviços foram restabelecidos e o encaminhamento não foi retomado. Agora, as partes obtiveram entendimento no sentido de manter constante troca de informações sobre as condições de atendimento.

Conforme Claudia, já nesta terça-feira o hospital recebeu oito pacientes por meio da Central de Regulação e, assim, reativou a ala de internação clínica com 20 vagas para o SUS, que havia sido fechada em função da falta de pacientes. A partir de quinta-feira, o Parque Belém deve começar a receber pacientes também para consultas ambulatoriais.


Autor: Taís Seibt
Fonte: Zero Hora

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