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Desconhecida e sem prevenção, a doença está entre as maiores causas da retirada do sistema reprodutor feminino

A adenomiose afeta o sistema reprodutor feminino, caracterizada pela presença de glândulas e tecido endometrial dentro do músculo que forma o útero. Ainda sem prevenção e com causa desconhecida, a doença costuma atingir mulheres acima dos 30 anos. “Em alguns casos, é recomendada a retirada do útero”, afirma o professor da UFRGS e especialista em reprodução humana, João Sabino da Cunha Filho.

Sabino explica que o nível de estrógeno no corpo feminino é excessivamente alto após os 30 anos. “Quando o organismo interrompe a produção de progesterona, os efeitos do estrógeno no sistema reprodutor se desequilibra”, completa. Para estabilizar a quantidade deste hormônio novamente, um dos principais tratamentos é a ingestão de progesterona, que pode ser via oral ou através do uso de Dispositivo Intra Uterino (DIU).

Um dos sintomas da adenomiose é o aumento no tamanho do útero, que fica similar ao de uma gravidez de 12 semanas, além de cólicas menstruais intensas e aumento do fluxo menstrual. Para Sabino, o método mais eficaz de diagnosticar a adenomiose é através da ressonância magnética. “Este exame proporciona melhor visibilidade e, assim, é possível perceber a presença ou não da doença”, destaca.

Existem dois tipos de adenomiose: a localizada, que é caraterizada pelo aparecimento do tecido endometrial em um ponto especifico do útero, e a difusa, que é a aparição de glândulas e tecido endometrial em todo o órgão. Uma das causas do distúrbio pode estar relacionada a pequenos traumatismos no útero. Em casos mais graves, avalia-se a necessidade da retirada de todo o sistema reprodutor.


Autor: Redação
Fonte: Camejo

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