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Sintomas são ronco, interrupção da respiração, sonolência durante o dia, e falta de memória

A apneia do sono pode ser um fator de risco para a perda precoce da memória e Alzheimer. Tratar a doença do sono com CPAP, sigla em inglês para o nome do aparelho que mantém o fluxo de ar durante a noite, pode retardar o aparecimento de distúrbios cognitivos. A conclusão é de um estudo desenvolvido no Centro Médico Langone, da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Neurology.

De acordo com o neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba, Shigueo Yonekura, a apneia do sono é caracterizada pela obstrução das vias aéreas por alguns momentos durante a noite, interrompendo a respiração por até 40 segundos.

— É uma doença crônica, evolutiva, com alta taxa de incidência e mortalidade, apresentando um conjunto sintomático múltiplo.

O especialista diz que os principais sintomas da apneia são ronco, episódios visíveis de interrupção da respiração, sonolência excessiva durante o dia, falta de memória e irritabilidade.

Yonekura destaca a importância do tratamento da apneia para evitar consequências graves à saúde. Além do risco do declínio da memória e Alzheimer, a doença pode aumentar a chance de hipertensão arterial, infarto cardíaco e AVC (acidente vascular cerebral).

Segundo o estudo da Universidade de Nova Iorque, realizado em um grupo de 2.470 pessoas, com idade média de 73 anos, o aparecimento de deficiências cognitivas foi adiado em dez anos em média em pessoas que receberam o tratamento da apneia, em comparação às que não usaram o CPAP.

De acordo com o neurologista, o aparelho tem o objetivo de manter as vias aéreas permeáveis ao fluxo do ar durante a noite. Os níveis de pressão da máscara devem ser ajustados individualmente depois de um estudo polissonográfico cuidadoso. Pressões inadequadas podem aliviar os sintomas sem diminuir os riscos cardíacos.


Autor: Redação
Fonte: R7

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