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Distribuição adequada dos utensílios no ambiente é fundamental para manter a higiene

A maioria dos nossos hábitos de higiene é realizada em um dos ambientes da casa mais contaminados por microrganismos: o banheiro. Para evitar que essa exposição se transforme em um problema a nossa saúde, é preciso manter alguns cuidados com a limpeza e a disposição dos objetos nesse local.

As bactérias mais comuns nos banheiros são as enterobactérias, habitualmente encontradas no intestino, e as de pele, transmitidas por meio do contato. O primeiro grupo é um grande causador de infecções urinárias e gastrointestinais, enquanto o outro pode provocar infecções de pele como abscessos e furúnculos.

Veja dicas que podem ajudar a evitar esses tipos de contaminação:

ESCOVA DE DENTE

Se ficarem expostas ao ambiente, as escovas de dente podem ser contaminadas pelos resíduos lançados para fora do vaso sanitário quando a descarga é dada, por exemplo. E não adianta usar aquela caixinha de plástico na cabeça da escova. O estojo cria uma “estufa” que acaba protegendo as bactérias, e não a pessoa. A melhor maneira de armazená-las, portanto, é dentro de um armário. Além disso, evite que as cerdas das escovas que são guardadas no mesmo recipiente fiquem muito próximas, pois uma pode contaminar a outra. Também é preciso cuidado no momento de lavar as escovas: utilize água corrente, mantendo-a em pé e secando ao natural. Os materiais usados para enxugá-las – como toalhas –, além de serem fontes de contaminação, não fazem uma secagem eficiente nas cerdas, que vão continuar úmidas.

SABONETE

O uso do sabonete em barra deve ser individual, pois os germes e bactérias podem ser repassados entre as pessoas. Outra opção é a versão líquida, seja no banho ou na pia.

TOALHAS

A troca das toalhas depende da frequência de uso, mas o ideal é que não fiquem totalmente úmidas ou com sinas de sujeira muito aparentes. Em banheiros de família, geralmente compartilhados por duas ou mais pessoas, a recomendação é trocar as toalhas de rosto três vezes por semana. A de banho deve ser de uso individual, com trocas duas vezes por semana, e o indicado é deixá-las estendidas, recebendo boa ventilação.
Nos banheiros públicos, evite utilizar os secadores de ar quente. Eles podem aumentar em 250% a propagação de bactérias nas mãos, devido ao ar do ambiente já contaminado que é sugado pelo aparelho. Nesses casos, dê preferência a toalhas de papel, com as com as quais o risco de contaminação pode diminuir em 40%.

VASO SANITÁRIO

Apesar de não ser o local mais contaminado de uma casa – a esponja para lavar a louça, por exemplo, pode armazenar ainda mais bactérias – o vaso sanitário merece atenção. É por meio das fezes que muitas bactérias chegam ao banheiro e podem ser espalhadas no momento da descarga. Conforme o biomédico Roberto Martins Figueiredo, se não houvesse teto nos banheiros, uma bactéria poderia ser jogada até seis metros longe. Por isso, é fundamental dar a descarga com a tampa fechada. Caso contrário, as bactérias podem ficar rodando pelo ambiente por cerca de duas horas, contaminando materiais utilizados na higiene pessoal.
A limpeza do vaso sanitário deve ser feita duas vezes por semana, pelo menos, com água sanitária. As pastilhas perfumadas, colocadas na parte interna do vaso, ajudam a desinfetar o local, mas não substituem a higienização com água sanitária.

LIXEIRA

O lixo do banheiro deve ser trocado frequentemente, nunca permitindo que transborde. Além disso, é indicado optar por lixeiras com acionamento por pedal, para evitar o contato com as bactérias acumuladas na tampa.

Fontes: infectologista do Hospital Moinhos de Vento Tainá Fagundes Behle, médico infectologista do Hospital Conceição André Luiz Machado e biomédico Roberto Martins Figueiredo.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

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