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Hospital criou a primeira Residência Médica Emergencista do país em 1996

A Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Comissão Nacional de Residência Médica oficializaram como especialidade a Medicina de Emergência, em reunião nesta semana, em São Paulo. O Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre foi pioneiro nesta área, criando em 1996 a primeira Residência Médica Emergencista do país.

Por ser uma iniciativa sem parâmetros nacionais e por isso sem reconhecimento das instituições oficiais, as atividades sempre foram bancadas pela Prefeitura de Porto Alegre. “Agora, as residências neste campo poderão ser financiadas em todo o país pelo Ministério da Educação (MEC), quando se tratar de hospitais universitários, ou pelo Ministério da Saúde, no caso de hospitais não universitários”, comemora o médico intensivista Luiz Alexandre Borges, coordenador das residências médicas do HPS e intensivista da UTI do hospital.

Foi com ele no comando do setor que a atividade nasceu no HPS há 19 anos e se tornou uma referência nacional muitos anos antes do reconhecimento oficial que agora recebe. “Estimamos que no ano que vem teremos pelo menos 12 residências deste tipo por todo o país”, prevê o médico, cuja equipe serviu de ponto de partida para a residência emergencista criada em Fortaleza, no ano de 2008, a única fora de Porto Alegre.

Emergência - O médico emergencista é um profissional diferenciado, que atua em situações críticas onde é preciso tomar decisões com rapidez e precisão para conduzir atendimentos de emergência, quando a preparação técnica pode fazer toda a diferença no destino do paciente. Ambientes tensos e sempre cheios de casos graves e urgentes, como o HPS, são ideais para esta formação profissional.

“Em um futuro bem breve teremos muitos médicos emergencistas em atuação no Brasil. Isso vai trazer um grande ganho em termos de qualidade nos serviços de emergência para a população”, salienta o Dr. Alexandre, que também preside a Associação Brasileira de Medicina de Emergência. A partir de agora, com o reconhecimento formal da especialidade pelas três maiores entidades médicas nacionais, a associação será responsável por definir as regras para o estabelecimento das residências médicas desta área nos hospitais brasileiros.


Autor: Ricardo Azeredo
Fonte: PMPA

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