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Juiz entendeu que se tratou de despedida em massa, sem negociação

A Justiça determinou na noite de quarta-feira (25) a imediata reintegração de 85 funcionários do Hospital Universitário de Canoas, demitidos no último dia 10 de novembro, por entender que se tratou de despedida em massa, sem qualquer prévia negociação coletiva.

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, técnicos, duchistas, massagistas e empregados em hospitais e casas de saúde do Rio Grande do Sul, Sindisaúde, entraram na Justiça contra as demissões, que poderiam resultar no fechamento de 70 leitos destinados ao SUS no hospital.

O Hospital Universitário, desde 2011, funciona em gestão compartilhada da prefeitura de Canoas com o Sistema de Saúde Mãe de Deus.

Quando saiu o anúncio das demissões, o secretário municipal de Saúde de Canoas, Marcelo Bósio, alegou que a prefeitura já planejava a reorganização do hospital. Ele argumentou que a medida era necessária para garantir a continuidade dos serviços, e que o déficit mensal do HU é de cerca de R$ 2 milhões. "Os cortes são uma tentativa de sanar esse problema", ressaltou, à época.

- A reintegração dos trabalhadores baseia-se em princípios constitucionais como dignidade da pessoa humana e valorização do trabalho - observa a advogada Samara Ferrazza Antonini, uma das autoras da ação.


Autor: Redação
Fonte: G1

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