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A hospitalização por DAP está associada a um risco de mortalidade tão alto quanto os riscos de um acidente vascular encefálico

De acordo com um trabalho publicado na BMC Cardiovascular Disorders, a hospitalização por doença arterial periférica (DAP) está associada a um risco de mortalidade em 5 anos tão alto quanto os riscos com a admissão por infarto do miocárdio ou acidente vascular encefálico isquêmico.

As descobertas ressaltam a importância da conscientização sobre a doença arterial periférica entre pacientes e médicos, e o tratamento da condição mais agressivamente, a Dra. Ilonca Vaartjes, da University Medical Center Utrecht, na Holanda, contou à Reuters Health via e-mail.

A DAP afeta aproximadamente 27 milhões de pessoas na América do Norte e Europa, e sua incidência provavelmente irá aumentar com o envelhecimento da população, observam a Dra. Vaartjes e seus colaboradores. Eles apontam que, enquanto a doença arterial periférica é conhecida por elevar o risco de morte por ataque cardíaco e AVE, os pacientes geralmente desconhecem esses perigos, e a condição é frequentemente mal tratada.

Para melhor compreender o risco de mortalidade, os pesquisadores estudaram 4158 pacientes admitidos nos hospitais devido à doença arterial periférica em 1997 ou 2000, 60% dos quais eram homens. O risco de mortalidade em 28 dias foi de 2,4% para homens e de 3,5% para mulheres. Riscos de mortalidade em 1 e 5 anos foram de 10,3% e de 31,0%, respectivamente, em homens e 10,4% e 27,4%, respectivamente, em mulheres.

“Embora o risco de mortalidade a curto prazo após a admissão inicial por DAP nas extremidades inferiores seja relativamente baixo, o risco de mortalidade em 5 anos é alto, especialmente em homens”, escrevem os pesquisadores.

O tratamento para a doença arterial periférica deve incluir a modificação de fatores de risco como o colesterol alto e a hipertensão, a cessação do fumo, medicamentos e um programa de caminhada, afirmou a Dra. Vaartjes.

Ela complementou: “deve-se aumentar a consciência sobre a gravidade desta doença, visto que muitos pacientes ainda são mal tratados”.


Autor: Anne Harding
Fonte: MedCenter MedScape

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