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Entre os homens, as espinhas lideram com 59% dos casos atendidos pelos dermatologistas

Espinhas no rosto, estrias e celulite são os principais motivos que levam as pessoas a um consultório dermatológico, revelou pesquisa divulgada ontem. Entre os homens, as espinhas lideram com 59% dos casos atendidos pelos dermatologistas. Entre as mulheres, estrias (62,5%) e celulites (62,4%). No total das consultas, acne responde por 56,4%, seguido por estrias, 40,8%, celulite, 36,2%, furúnculo, 28,7%, e micoses, 24,7%.

O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Omar Lupi, diz que muitos adultos vão aos consultórios para tratamento de acne. Ele explica que problemas hormonais e uso errado de cremes (uma pessoa com pele oleosa usar creme para pele seca pode provocar obstrução dos poros) podem levar ao surgimento de espinhas.

Segundo o dermatologista, chocolate e outros alimentos não têm comprovação científica de que provocam a acne. "A gordura que você ingere não vai para a pele, vai para o sangue e provoca entupimento das artérias."

Diagnóstico tardio

A pesquisa também revelou que 88,6% dos brasileiros só procuram o dermatologista quando apresentam algum problema na pele. E a idade média para a primeira consulta é de 26 anos.

Lupi explica que o diagnóstico precoce é importante no tratamento de acne e para evitar o câncer de pele. "Uma lesão pré maligna pode se tornar câncer", diz. "Um câncer inicial, que seria facilmente removido por cirurgia, pode se transformar em câncer de difícil controle."

Dermatologista do Hospital A.C. Camargo, Alexandre Leon diz que pessoas com muitas pintas pelo corpo, histórico de queimadura solar na infância e parentes próximos com câncer de pele devem fazer acompanhamento anual. "Procurar o médico aos 26 anos pode ser tarde."

O estudo, realizado a pedido da SBD e do Laboratório TheraSkin, foi feito no ano passado. Foram ouvidas 1.500 pessoas das classes A, B e C em cidades como Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia e São Paulo.


Autor: Imprensa
Fonte: Uol Notícias

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