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Estudo foi apresentado nesta terça-feira (25) durante o II Fórum Sesc de Envelhecimento, em Santa Maria

Nesta terça-feira (25/10), foram apresentados os primeiros dados sobre a pesquisa “Propensão ao endividamento de pessoas idosas: um estudo sobre fatores de risco no Rio Grande do Sul”, uma parceria do Sistema Fecomércio-RS/Sesc e da UFRGS, durante o II Fórum Sesc de Envelhecimento, em Santa Maria. Alta escolaridade, desapego ao dinheiro e aversão ao materialismo foram alguns pontos curiosos levantados nesta primeira etapa do estudo. O evento também reuniu diversos profissionais no Centro Universitário Franciscano para discutirem sobre o tema “Envelhecimento e consumo: interfaces, dilemas e perspectivas”.

Dos 351 idosos com idades entre 57 e 85 anos, que foram entrevistados durante a primeira etapa da pesquisa, 46% não possuem dívidas, 31% estão com dívidas sérias e 23% possuem alguma dívida, mas que não chega a comprometer a renda. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor de Didática Geral da UFRGS, especializado em Educação e Envelhecimento, doutor Johannes Doll, o fato da maior parte não conter dívidas pode estar ligada à educação, já que o estudo revela que os idosos gaúchos estão acima do índice nacional no item escolaridade: 34% dos entrevistados possuem entre 9 e 11 anos de estudos e 31% têm 12 anos ou mais de estudo. Enquanto que a última pesquisa PNAD (2012-2013) identificou que 30% dos idosos brasileiros tem apenas até 4 anos de estudo.

Para o coordenador do Programa Sesc Maturidade Ativa, Eduardo Danilo Schmitz, o que chamou a atenção foi a postura dos idosos quanto ao dinheiro. Um índice de 85% dos entrevistados acredita que é mais importante ajudar as pessoas do que guardar dinheiro. “A gente pôde perceber essa marca geracional que é a generosidade, essa postura de desapego dos idosos em relação ao dinheiro”, revela Schmitz. Outro dado interessante e que vai ao encontro com a questão do desapego é a aversão dos entrevistados quanto ao materialismo. Cerca de 71% dos idosos concordam que os bens materiais não ocupam um lugar de centralidade em suas vidas. “O lado bom são os valores humanos, o lado ruim disso é que podem não se preocupar tanto com o dinheiro, correndo o risco de não controlar os gastos”, explica.

A pesquisa segue até 2018, e ainda contará com mais dois momentos de entrevistas com idosos dos oito municípios gaúchos (Porto Alegre, Guaíba, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Bagé, Torres e Santa Maria), uma no primeiro semestre de 2017 e outra em 2018. O objetivo é identificar como está a cultura da terceira idade em relação ao dinheiro e assim poder oferecer recursos detalhados para intervenções multidisciplinares, em especial, no campo da educação. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.sesc-rs.com.br.Nesta terça-feira (25/10), foram apresentados os primeiros dados sobre a pesquisa “Propensão ao endividamento de pessoas idosas: um estudo sobre fatores de risco no Rio Grande do Sul”, uma parceria do Sistema Fecomércio-RS/Sesc e da UFRGS, durante o II Fórum Sesc de Envelhecimento, em Santa Maria. Alta escolaridade, desapego ao dinheiro e aversão ao materialismo foram alguns pontos curiosos levantados nesta primeira etapa do estudo. O evento também reuniu diversos profissionais no Centro Universitário Franciscano para discutirem sobre o tema “Envelhecimento e consumo: interfaces, dilemas e perspectivas”.

Dos 351 idosos com idades entre 57 e 85 anos, que foram entrevistados durante a primeira etapa da pesquisa, 46% não possuem dívidas, 31% estão com dívidas sérias e 23% possuem alguma dívida, mas que não chega a comprometer a renda. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor de Didática Geral da UFRGS, especializado em Educação e Envelhecimento, doutor Johannes Doll, o fato da maior parte não conter dívidas pode estar ligada à educação, já que o estudo revela que os idosos gaúchos estão acima do índice nacional no item escolaridade: 34% dos entrevistados possuem entre 9 e 11 anos de estudos e 31% têm 12 anos ou mais de estudo. Enquanto que a última pesquisa PNAD (2012-2013) identificou que 30% dos idosos brasileiros tem apenas até 4 anos de estudo.

Para o coordenador do Programa Sesc Maturidade Ativa, Eduardo Danilo Schmitz, o que chamou a atenção foi a postura dos idosos quanto ao dinheiro. Um índice de 85% dos entrevistados acredita que é mais importante ajudar as pessoas do que guardar dinheiro. “A gente pôde perceber essa marca geracional que é a generosidade, essa postura de desapego dos idosos em relação ao dinheiro”, revela Schmitz. Outro dado interessante e que vai ao encontro com a questão do desapego é a aversão dos entrevistados quanto ao materialismo. Cerca de 71% dos idosos concordam que os bens materiais não ocupam um lugar de centralidade em suas vidas. “O lado bom são os valores humanos, o lado ruim disso é que podem não se preocupar tanto com o dinheiro, correndo o risco de não controlar os gastos”, explica.

A pesquisa segue até 2018, e ainda contará com mais dois momentos de entrevistas com idosos dos oito municípios gaúchos (Porto Alegre, Guaíba, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Bagé, Torres e Santa Maria), uma no primeiro semestre de 2017 e outra em 2018. O objetivo é identificar como está a cultura da terceira idade em relação ao dinheiro e assim poder oferecer recursos detalhados para intervenções multidisciplinares, em especial, no campo da educação. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.sesc-rs.com.br.


Autor: Pumaira Coronel
Fonte: Usina de Notícias

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