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Associação Médica do Rio Grande do Sul reforça a necessidade dos homens buscarem mais orientações a respeito da doença e realizarem exames que possam detectá-la

O mês de novembro é dedicado à prevenção da saúde integral do homem, mobilizando a população masculina para conhecer mais sobre as enfermidades que podem afetá-la em diferentes fases da vida. Uma doença extremamente preocupante é o câncer de próstata, que figura como o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, com mais de 13 mil mortes anuais registradas no Brasil e com a previsão da incidência de 61 mil novos casos em 2016.

Dando continuidade ao projeto "Saúde Preventiva: Pratique essa Ideia!", a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) está engajada na campanha pelo Novembro Azul, promovendo a conscientização da importância da prevenção do câncer de próstata. O prédio da entidade, localizado na Avenida Ipiranga, 5311, em Porto Alegre, está com iluminação especial na cor azul, além de um outdoor na área externa e as mídias digitais reforçarem o incentivo à população masculina. Essas ações se somam a uma série de iniciativas em todo o estado que buscam a detecção precoce da doença, e, por consequência, a redução da mortalidade por ela causada.

O médico uro-oncologista e associado da AMRIGS, Gustavo Franco Carvalhal, destaca que no Brasil o câncer de próstata é mais comum do que nos Estados Unidos em programas de rastreamento. Embora seja letal, respondendo pela segunda causa de morte por câncer em homens norte-americanos e brasileiros, a doença pode ser diagnosticada precocemente e tratada de maneira eficaz.

- O toque retal, a dosagem do antígeno prostático específico (PSA) no sangue, os melhores tratamentos cirúrgicos e radioterápicos são ações que reduziram a mortalidade causada por esta enfermidade em mais de 40% desde 1990 nos Estados Unidos. Por isso, sua detecção precoce é tão importante, pois possibilita o tratamento eficaz. Os tumores agressivos recebem tratamentos potencialmente curativos, como cirurgia e radioterapia, que não são confortáveis ao paciente, mas reduzem, expressivamente, os riscos de morte - destaca Gustavo Carvalhal, que também é presidente eleito da Escola Superior de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia.

Para o especialista, é fundamental que os homens com mais de 45 anos fiquem atentos e busquem realizar a primeira avaliação, pois, a partir dessa idade os riscos de aparecimento da doença são mais elevados. Os que tiverem antecedentes familiares diretos (pai ou irmão) com câncer devem iniciar o exame obrigatoriamente com 40 anos. Não é preciso esperar os sintomas, pois, em alguns casos, eles podem ser metastáticos ou tumores tão grandes que não serão mais curáveis.  


Autor: César Moraes
Fonte: Play Press

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