Imprimir
 

Ministério da Saúde argumenta que 80% do dinheiro ia para gastos administrativos

O programa Farmácia Popular poderá deixar de ter unidades próprias a partir de maio. Isso porque o Ministério da Saúde não vai mais garantir recursos para manter as estruturas. O valor do mês de abril ainda será repassado. As farmácias particulares credenciadas ao programa não serão afetadas. Portanto, a população não perderia o acesso aos itens oferecidos pelo programa.

O fim da contrapartida federal de R$ 12 mil para cada unidade foi aprovado nesta quinta-feira, na terceira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite de 2017. Além do Ministério da Saúde, a comissão é formada pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Em todo o país, há 516 unidades próprias da Farmácia Popular, 28 delas no Rio Grande do Sul. A outra parte do dinheiro para manter os locais, na grande maioria, era garantida pelos municípios. Segundo o Ministério da Saúde, as farmácias poderão seguir funcionando se os municípios assumirem os custos.

No caso de Porto Alegre, o vínculo é com a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que ainda promete se manifestar sobre o impacto da medida.

Aqui tem Farmácia Popular

A decisão foi tomada, de acordo com o Ministério da Saúde, devido aos altos custos com fiscalização, armazenamento e distribuição de medicamentos. Cerca de 80% do valor estaria sendo usado para os custos administrativos. O Ministério da Saúde afirma que a economia, de R$ 100 milhões por mês, permitirá ao governo aumentar o valor mensal por habitante destinado À compra de remédios de R$ 5,10 para R$ 5,58.

As farmácias credenciadas no programa Aqui tem Farmácia Popular não sofrem mudança. Nesses locais, cerca de 34 mil pontos em todo o Brasil, serão oferecidos os mesmos itens, gratuitos ou com até 90% de desconto.


Autor: Leandro Rodrigues
Fonte: Zero Hora

Imprimir