Imprimir
 

Quando a cirurgia é necessária

A Organização Mundial da Saúde estima que 80% dos adultos sofreram ou sofrerão com dor nas costas, por diversas causas. Esses problemas podem ser tratados de muitas formas, como por fisioterapia ou uso de medicamentos. Mas há uma classe de doenças, que atingem a coluna, que merecem uma atenção especial, pois podem levar o paciente ao centro cirúrgico: as doenças degenerativas. “As principais causas de dores e patologias na coluna são as doenças degenerativas, ou seja, que são resultado do envelhecimento das estruturas da coluna”, afirma Eduardo Puppi Moro, neurocirurgião da Clínica Canto e Hospital Nossa Senhora das Graças.

O envelhecimento do organismo leva a diversas alterações estruturais, que causam dor local, como artrose de articulações, degeneração discal, instabilidade na coluna e deformidades. “O processo degenerativo pode levar também à criação do, popularmente conhecido, bico-de-papagaio, hérnias, protusões discais e espessamento de ligamentos, que podem causar a compressão de estruturas nervosas”, comenta o neurocirurgião.
 
Quando há compressão, seja de raízes nervosas ou da própria medula espinhal, é necessária a avaliação de um especialista, pois a cirurgia pode ser a melhor opção de tratamento para evitar conseqüências graves, como uma possível paralisia. “No caso de compressão de raízes nervosas, podem ocorrer dores, alteração de força ou sensibilidade em braços e pernas, dependendo do local. Se a compressão for medular, além da perda de força, o paciente corre o risco de paraplegia – paralisia das pernas – ou tetraplegia – paralisia dos quatro membros”, alerta Dr. Eduardo Moro.
 
Os tipos de cirurgias são muitos. Há remoções simples de disco, descompressão de estruturas com retirada de partes ósseas e ligamentos, procedimentos para dor e, até, a fusão da coluna com instrumentos como parafusos, placas e cages. “Como toda cirurgia apresenta riscos, é necessária uma cuidadosa avaliação de um especialista para verificar se essa é a melhor opção para cada paciente específico”, ressalta.

Autor: Daiane Strapasson
Fonte: Expressa Comunicação

Imprimir