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Encontro organizado pelo SINDIHOSPA apresentou diferentes temas que proporcionam a atualização de profissionais da área

Os quase 200 profissionais da área da saúde que acompanharam a 3ª Jornada de Farmácia Hospital do SINDIHOSPA, realizada na última sexta-feira (6), saíram do encontro no Hotel Sheraton com informações que poderão adotar em seus locais de trabalho para melhorar controles e facilitar a operação. Na abertura do evento, o presidente do SINDIHOSPA, Henri Siergert Chazan, destacou que a Jornada, realizada anualmente pela entidade, "eleva cada vez mais o nível de importância da farmácia hospitalar."

– Muitas novidades estão vindo aí, e quem não se preparar vai ficar para trás – afirmou Chazan.

Os diferentes painéis abordaram temas com identificação, logística, automação e segurança do paciente. Na palestra "Medicamentos de Alta Vigilância: Nova Proposta de Identificação", Michele John Müller, coordenadora do Comitê de Farmácia do SINDIHOSPA, detalhou o processo realizado para padronizar o gerenciamento de produtos nas farmácias hospitalares.

– A identificação é o ponto nevrálgico – disse Michele.

Um dos caminhos adotados, a separação por cores conforme a finalidade, não pode ser usada unicamente como controle porque não há um padrão único entre os hospitais. Cada instituição usa uma tonalidade diferente para um tipo de medicamento.

– Posso ter um funcionário trabalhando comigo num turno, acostumado com aquelas cores e, no turno inverso, ele poderia trabalhar em outro hospital, que utilizaria padrão diferente. Nesse caso, o uso de cores acabaria complicando, criando mais confusão do que facilitando – observou.

Como o Instituto para Práticas Seguras no Uso dos Medicamentos (ISMP Brasil) recomendou não usar as cores de forma isolada, Michele relatou que foi desenvolvido um pictograma (uma palma de mão aberta, como se fosse um alerta de "pare" dentro de um triângulo aplicado no rótulo de um medicamento) para destacar ainda mais que se trata de um medicamento de alta vigilância – potencialmente perigoso, de uso hospitalar e ambulatorial.

– Mantivemos o rosa pink como cor de alerta e acrescentamos o pictograma. Pesquisas mostram que o pictograma vem dando resultados – relatou Michele, que também é coordenadora da Farmácia do Hospital Divina Providência, de Porto Alegre.

Farmacêutico hospitalar durante 43 anos, Josué Schostack participou da Jornada representando o Conselho Regional de Farmácia (CRF-RS). Conhecedor da atividade, ele destacou a importância da realização de encontros como este organizado pelo SINDIHOSPA.

– Aqui temos atualização para o que há de mais moderno. A farmácia hospitalar não é uma mera distribuidora ou estoquista, é muito mais do isso. É a certeza de que o paciente está recebendo a medicação conforme a prescrição médica – afirmou Schostack, conselheiro do Conselho Federal de Farmácia. 


Autor: Cláudia Paes
Fonte: Critério

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