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Pediatra explica critérios a serem observados

O período de licença maternidade está acabando e a família já começou a pensar qual será o cuidado com o bebê após este período: colocar em uma escolinha ou deixar em casa com um parente ou uma babá? De acordo com o pediatra do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Renato Santos Coelho, esta resposta não é fácil de ser respondida e depende de uma série de questões.
 
- Nos primeiros meses, o bebê precisa de uma ligação muito forte com a mãe. Porém, sabemos que a licença maternidade dura de quatro a seis meses no país. A creche não é prejudicial para bebês pequenos. Entretanto, é preciso verificar se o local é adequado, preparado para os pequenos e com professores em condições de serem amorosos o suficiente, pois a criança precisa nesta fase da vida. A grande questão da creche é o fato de aumentar a incidência de infecções respiratórias. Os filhos acabam pegando estas infecções muito cedo e, em muitos casos, com repetição do problema – explica.
 
O médico ressalta que, se a preocupação dos pais for as infecções respiratórias, a escolinha pode não ser uma boa solução. Entretanto, não existem outros problemas com as creches, desde que estejam em boas condições. Para quem gostaria que o filho recebesse os benefícios da escolinha, mas que fique em casa no primeiro ano de vida, o especialista aconselha deixar em ambiente doméstico até a criança completar um ano e dez meses. Além disso, ele salienta que, se for ficar em casa, é preciso contar com uma pessoa que consiga provocar uma série de estímulos na criança, assegurando o correto desenvolvimento.
 
- Se possível, o ideal é a criança ficar até perto de dois anos em casa e depois ir para a escolinha, pois é quando começa a se beneficiar com a creche. Muitos pais esperam o filho completar três anos para colocar em uma escola, mas não é preciso esperar tanto. A partir de um ano e dez meses, tem início o processo de desenvolvimento da sociabilização – avalia.

A decisão é, portanto, muito individual, não havendo uma orientação geral que possa ser transmitida aos pais.  


Autor: Mariana da Rosa
Fonte: Play Press

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