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Ao longo dos anos, tornou-se evidente a necessidade de uma nova abordagem em relação à Síndrome de Down

Celebrado em 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down de 2019 tem o tema “Ninguém fica para trás”. A iniciativa busca aumentar a conscientização sobre o tópico e mostrar que as pessoas com Down podem ter uma vida plena e saudável, com oportunidades e condições igualitárias com os demais membros sociedade.

A Síndrome de Down é causada por uma alteração genética caracterizada pela presença de três cromossomos 21. Na maioria das vezes, isso ocorre por acidente na hora da formação do óvulo ou do espermatozoide, momento em que os cromossomos não se separam em pares adequadamente, resultando no nascimento da criança com um cromossomo 21 a mais.

Essa alteração causa efeitos em todo o corpo, englobando desde os traços físicos até aspectos do funcionamento do organismo. Os problemas cardíacos são um exemplo disso. Aproximadamente, 50% das crianças diagnosticadas possuem cardiopatia congênita ou alguma alteração cardíaca. Alterações no trato digestivo, hipotireoidismo e anemia também são bastante comum entre as pessoas com a deficiência.

Ao longo dos anos, tornou-se evidente a necessidade de uma nova abordagem em relação à Síndrome de Down. Antigamente, essas crianças eram institucionalizadas, limitando assim seu desenvolvimento. A mudança dessa atitude mostrou como os estímulos de uma vida normal podem ajudar a despertar o real potencial dessas pessoas.

A geneticista do Hospital São Lucas da PUCRS Drª Maria Teresa Sanseverino acredita que houve uma grande mudança no comportamento da sociedade em relação as pessoas com deficiência. “Lutamos muito para a inclusão às creches regulares, escolas, faculdade e mercado de trabalho, e, hoje em dia, lutamos pela sua autonomia e pelo direito aos relacionamentos afetivos. Então, a partir do momento em que a sociedade inclui e respeita estas pessoas, seu potencial se torna muito maior. Além disso, o estímulo à sua independência ajuda a melhorar consideravelmente seu estilo de vida, valorizando o indivíduo como um todo”, garante.

A especialista ainda ressalta que as pessoas com deficiência costumam possuir uma sensibilidade aguçada, que deve ser reconhecida como uma qualidade significativa, não valorizando somente a inteligência acadêmica, mas também reconhecendo a inteligência emocional e afetiva como verdadeiros pontos fortes.  


Autor: Giulianna Belmonte
Fonte: Hospital São Lucas Da PUCRS

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