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Entenda sua origem e principais cuidados que devem ser tomados

O hordéolo, popularmente conhecido como terçol, é um processo inflamatório que ocorre quando alguma glândula em volta da pálpebra entope ou é infectada por uma bactéria na região dos olhos. A pálpebra possui em torno de 50 glândulas em volta dos cílios, que formam tecidos lipídicos que ajudam na produção lacrimal. Caso esta glândula seja obstruída, a probabilidade de desenvolver o terçol aumenta consideravelmente. Pessoas com astigmatismo que não corrigem o grau tem mais chance de desenvolver o hordéolo de repetição, este processo surge através de movimentos repetitivos para forçar a visão, causando tensão na musculatura. O verão é época mais propensa para o surgimento do terçol. 

Quando a inflamação cicatriza chama-se calázio, que é um cisto não infeccioso cujo seus sintomas são menos dolorosos, porém, só pode ser removido com cirurgia. Este processo é mais comum na adolescência, devido ao aumento da produção hormonal bastante normal nessa fase. Neste caso, o que ocorre é o aumento da produção da secreção desse lipídio, entupindo os canais e formando o abcesso que, muitas vezes, começa com uma ponta amarela, indicando a presença de pus. 

Luiz Ricardo Tarragô, Oftalmologista do Hospital São Lucas da PUCRS, salienta que o hordéolo só pode ser considerado grave em casos de processos infecciosos e, mesmo assim, a visão não é afetada. “Pegar um germe mais nocivo pode causar uma celulite (processo de infecção do tecido gorduroso), causada, por exemplo, pela contaminação por estafilococos e pouca higiene, podendo tornar o abcesso maior.A característica mais marcante do terçol é o inchaço na pálpebra, que ocorre na parte de cima ou de baixo dos olhos”, afirma. 

Sintomas mais frequentes 

• Dor local 

• Calor e vermelhidão 

• Sensação de corpo estranho 

• Lacrimejamento 

• Fotofobia 

Em caso de suspeita de terçol, recomenda-se sempre buscar um oftalmologista para que o profissional possa assegurar que se trata de um hordéolo simples e não um problema mais grave.

Existem alguns mitos que levam muitas vezes as pessoas a não procurar ajuda médica, como: usar chás, água de melissa, água com açúcar. De acordo com Dr. Tarragô, dentre as lendas existentes para a cura do terçol, a única confiável para amenizar a lesão é a da aliança quente, mas ela deve ser de ouro, que é um excelente condutor de calor. Sendo assim, ao manter-se aquecida, ela ameniza a dor e ajuda evoluir no processo de cura. O terçol não é contagioso e, normalmente, dura entre 15 e 20 dias. 


Autor: Giulianna Belmonte
Fonte: Hospital São Lucas da PUCRS

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