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Síndrome ainda é pouco conhecida da população, mas atinge cerca de 5% dos brasileiros

Doença que acomete cerca de 5% dos brasileiros, a fibromialgia ainda é uma síndrome pouco conhecida da população. Para informar e reforçar a importância de um tratamento ágil, Porto Alegre terá diversas ações e palestras ao longo do mês durante a campanha Maio Sem Dor.
Estabelecido em 2018 por uma lei municipal, o projeto é coordenado pela fisioterapeuta Laurita Castegnaro, que destaca que profissionais da área da saúde também buscam mais informações sobre o assunto. “Um dos maiores desafios é a demora no diagnóstico, cuja média no país chega a três anos”, alerta.
“Nosso objetivo com a campanha é conscientizar e divulgar sobre sintomas, tratamentos e como o paciente deve buscar diagnóstico quando desconfia ter a doença”, explica a diretora da Fibroclínica, que promove a campanha com apoio do SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre).
Como o tratamento para a fibromialgia não é unilateral e são necessários atendimentos físicos, químicos e emocionais, muitas vezes a população acometida não tem condições de arcar com as despesas. Para o futuro do projeto, Laurita pretende conseguir apoiadores que concedam tratamentos a baixo custo.
 
Como identificar a fibromialgia
A síndrome provoca fortes dores em todo corpo, especialmente nos músculos, tendões e articulações, além de uma fadiga intensa. O paciente também pode desenvolver tontura, depressão, ansiedade, formigamentos, dormências, dificuldade de concentração, sono não reparador, amnésia, entre outros.
A pessoa com fibromialgia tem grande sensibilidade ao toque e à pressão nos pontos de dor, que causa intenso sofrimento físico e emocional. O diagnóstico é feito por exclusão, quando o médico, após diversos exames, elimina a possibilidade de doenças autoimunes e problemas reumatológicos. Também são avaliados o quadro clínico e o histórico do paciente.
 
Palestra na AMRIGS
No dia 22, o Maio Sem Dor estará no ciclo de palestras anual da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), que falará sobre fibromialgia. O evento busca conversar com o público sobre terapias e traçar, a partir de dúvidas comuns, a melhor forma de lidar com a síndrome.

Estarão presentes os anestesiologistas especialistas em dor João Marcos Rizzo e Luciano Machado de Oliveira, que falarão sobre psicoeducação e tratamento medicamentoso, e Laurita Castegnaro, que comentará sobre a intervenção física. O encontro tem apoio do SINDIHOSPA e ocorre a partir das 19h, no Centro de Eventos AMRIGS (Av. Ipiranga, 5311). O evento é gratuito, com inscrições pelo site: https://bit.ly/2W9UBLV


Autor: Antonio Felipe Purcino
Fonte: Critério

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