Imprimir
 

Alerta para doenças mais graves

Um levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) no ano passado, revelou que os atendimentos de emergências cardiovasculares nos hospitais do Brasil são 82,2% maiores do que aqueles em que uma cirurgia ou procedimento é agendado com antecedência. Ainda segundo os dados da pesquisa, das 1,1 milhão de internações por doenças cardiovasculares no país, 82% ou 929 mil destes casos são de origem emergencial. Estes dados demostram que a prevenção é pouco ou raramente exercitada pela população, que apenas adere a uma mudança de hábitos efetiva após o diagnóstico de alguma alteração cardiovascular.

O cardiologista, membro da SBC e sócio da Inmedic Brasil, Bruno Alencar, explica que para prevenir a ocorrência súbita de um acidente cardiovascular, as pessoas devem fazer anualmente um check-up de sua saúde geral. “Os problemas cardiovasculares podem estar relacionados a características genéticas; maus hábitos de vida como o tabagismo, alcoolismo, dependência química e sedentarismo; ou a doenças como diabetes, hipertensão e obesidade. No entanto, em todos estes casos é extremamente necessário que as pessoas se submetam a exames anuais, pois somente assim, o paciente poderá saber quais são os níveis de colesterol bom ou ruim em seu organismo e ainda descobrirá se faz parte do grupo de risco para a doença”, esclarece.

Além do check-up anual, a adoção de uma rotina mais saudável e a melhora na qualidade de vida podem ser determinantes para manter a saúde do coração com o passar dos anos. “Para se ter uma vida equilibrada é muito importante que as pessoas mantenham uma dieta alimentar nutritiva, regular e balanceada. Ainda é essencial que as mesmas pratiquem diariamente ao menos 40 minutos de alguma atividade física e abandonem vícios nocivos. Caso seja identificada uma doença que demande cuidados diários, também é indispensável, que os pacientes façam o controle clínico e medicamentoso da enfermidade”, ressalta.

Bruno Alencar também alerta para outros fatores que se mostram bastante preocupantes para a saúde cardiovascular, o estresse e ansiedade. “No Brasil, 5,4% da população apresentam ou já apresentaram sintomas de estresse, segundo informações de uma pesquisa feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Na América Latina, o nosso país ocupa o topo do ranking de países com o maior número de pessoas ansiosas”, destaca.

O cardiologista aponta que as recomendações para as pessoas que lidam cotidianamente com estes sentimentos de medo e esgotamento emocional e físico, são pontuais. “Separar um tempo para o lazer e descanso, entender os seus limites e dificuldades, meditar e ter boas noites de sono são pequenas medidas que podem gerar grandes resultados, não somente para o bem-estar mental quanto também para a saúde do coração”, conclui. 


Autor: Redação
Fonte: Naves Coelho Comunicação

Imprimir