Imprimir
 

Estudo recentemente publicado na revista científica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine

Um estudo recentemente publicado na revista científica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine sugere que os fatores de risco cardiovascular, muitas vezes, pioram com o início da puberdade e melhoraram no fim deste período nas crianças obesas sem mudanças no peso. Porém os autores lembram que outras características podem influenciar o risco cardiovascular e outros distúrbios associados à obesidade, como a doença gordurosa não-alcoólica do fígado.

Pesquisadores da Alemanha e Inglaterra estudaram o curso da doença gordurosa não-alcoólica do fígado associado à obesidade e os fatores de risco cardiovascular hipertensão, dislipidemia, e distúrbios do metabolismo da glicose em 287 crianças obesas (índice de massa corporal médio de 28,2) sem tratamento. No início do estudo, 20,6% das crianças obesas eram hipertensas, 22,3% tinham dislipidemia, 4,9% tinham glicemia de jejum alterada e 29,3% tinham a doença hepática, com estes percentuais, bem como o peso, se mantendo estáveis durante um ano de acompanhamento.

Aumentos na prevalência da hipertensão, hipertrigliceridemia e glicemia de jejum alterada, bem como alteração do índice de HOMA-IR (que se fundamenta nas dosagens da insulinemia e da glicemia de jejum), foram observados em 62 crianças iniciando a puberdade. Em contraste, as reduções médias na hipertensão, hipertrigliceridemia, glicemia de jejum alterada e na prevalência da doença hepática, bem como no índice de HOMA-IR, foram observadas em 50 crianças no fim puberdade. As alterações nos valores de HOMA-IR se relacionaram apenas de forma fraca com as alterações nas prevalências dos fatores de risco cardiovascular ou dos níveis de transaminases.

Fonte: Arch Pediatr Adolesc Med. Volume 163, Number 8, Aug 2009. Pages 709-715

 


Autor:
Fonte: Bibliomed

Imprimir