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O diagnóstico do médico canadense Benedikt Fischer, da Simon Fraser University, em Vancouver, que há 15 anos faz pesquisas com viciados em drogas, não é dos mais animadores

O diagnóstico do médico canadense Benedikt Fischer, da Simon Fraser University, em Vancouver, que há 15 anos faz pesquisas com viciados em drogas, não é dos mais animadores. "Não existe outro país que tenha uma situação tão extrema como o Brasil com crianças usando crack."

Membro da Comissão de Saúde Mental do Canadá, ele esteve no mês passado no País discutindo com o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Delgado, futuras parcerias. O que mais o impressionou na visita foi ver tantas crianças pobres viciadas.

Fischer acredita que as autoridades têm de "explorar soluções radicais". Entre elas está o uso de maconha no tratamento. "Os viciados em crack são muito agressivos. Pesquisas mostram que os que usam Cannabis ficam menos agressivos." Ele também defende um programa que discute com o governo canadense: a criação de lugares seguros para que os viciados usem crack. "Lá eles poderão ter apoio médico e social. E depois serem encaminhados para desintoxicação."

Outro programa proposto por Fischer e que já começou a ser executado no Canadá é a distribuição de kits para que os viciados façam cachimbos. Drogados que usam o mesmo cachimbo podem transmitir hepatite C por meio das feridas que se formam nos lábios. "Viciados são doentes. Colocá-los na cadeia só piora o problema."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Autor: da AE
Fonte: Uol Ciência e Saúde

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