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Estes produtos, comercializados com nomes como Spice, Smoke ou Sence, fazem parte de uma nova tendência de comercialização de substitutivos não regulamentados

O observatório da União Europeia (UE) sobre drogas (EMCDDA, na sigla em inglês) alertou sobre a venda ilegal pela internet de produtos apresentados como misturas de ervas para fumo similares a incensos e que, em algumas ocasiões, contêm substâncias derivadas da maconha, nesta quinta-feira (5).

Estes produtos, comercializados com nomes como "Spice", "Smoke" ou "Sence", fazem parte de "uma nova tendência de comercialização de substitutivos não regulamentados" e têm em comum "uma comercialização agressiva com rótulos deliberadamente enganosos", disse o diretor do observatório, Wolfgang Götz.

O "Spice" é vendido em mais de 50 lojas on-line com sede em diferentes países europeus, principalmente no Reino Unido (42% delas), Romênia (15%), Irlanda e Letônia (ambas com 7%), segundo o EMCDDA.

Também foram encontrados produtos "Spice" em estabelecimentos especializados na venda de psicotrópicos legais em pelo menos nove Estados-membros dos 27 que fazem parte da UE.

A informação apresentada na embalagem desse produto inclui como ingredientes uma base de até 14 plantas ou ervas, todas elas legais.

No entanto, em alguns países foram detectados lotes que também contêm canabinoides sintéticos não apresentados na informação do produto, e que, portanto, podem ser consumidos sem que o comprador tenha consciência disso, segundo o EMCDDA.

O observatório identificou oito derivados da maconha "até agora empregados apenas em medicamentos", explicou Götz na entrevista coletiva na qual apresentou o relatório anual da entidade.

Oito países europeus --Alemanha, França, Luxemburgo, Áustria, Suécia, Polônia, Estônia e Lituânia-- empreenderam ações legais para proibir ou controlar os produtos "Spice".

De forma paralela, apareceram no mercado on-line pelo menos 27 produtos alternativos ao "Spice", apresentados como misturas de ervas para fumar sob nomes diversos como "Smoke" ou "Sence".

"Se o 'Spice' marcar a tendência do que serão as drogas no futuro, a Europa deverá garantir que suas respostas sejam adequadas para responder a este desafio cada vez maior", ressaltou o diretor do EMCDDA.


Autor: da Efe, em Bruxelas
Fonte: Folha online

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