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Cão-guia promove autonomia e segurança da pessoa com deficiência visual

Na Semana da Mobilidade, comemorada entre os dias 18 e 25 de setembro para promover uma reflexão sobre os impactos provocados pelo trânsito e minimizar seus efeitos, estimulando alternativas de se locomover pelas cidades além dos automóveis, não podemos deixar de destacar as dificuldades diárias enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual com relação ao deslocamento. Principalmente nos grandes centros, o que torna necessária a promoção de uma mobilidade urbana mais segura e inclusiva.

A rotina dessas pessoas ao caminharem nas ruas é repleta de desafios: barreiras de acessibilidade presentes nos espaços urbanos, com as difíceis condições de locomoção pelas calçadas cheias de desníveis e buracos, placas no meio do caminho - às vezes na altura da cabeça, rampas inadequadas, travessias perigosas, falta de semáforos sonoros, carros estacionados irregularmente, entre tantos outros obstáculos. Para vencê-los, é preciso que elas superem os limites dos olhos e, muitas vezes, o auxílio da bengala não é suficiente.

O cão-guia é um facilitador no processo de inclusão da pessoa com deficiência visual. Ele tem papel transformador na vida do usuário, por ser o responsável por oferecer confiança, segurança e promover sua autonomia e independência, possibilitando a melhora da mobilidade.

Antenor Barbosa, de 38 anos, nasceu cego do olho esquerdo, devido a uma doença degenerativa. Aos 18 anos, teve um apagão ocasionado pela doença, que provocou a perda da visão direita, fazendo com que ele ficasse apenas com uma leve percepção de luz. Ele conta com a parceria do cão-guia Pandora, um labrador que cumpre a importante missão de conduzi-lo por todos os caminhos. "A Pandora me devolveu a sensação de liberdade, de poder chegar aos lugares que quero, sem ter medo das dificuldades que já passei nos 20 anos que dependi do auxílio da bengala", conta, lembrando de situações como a vez que se acidentou ao cair em um buraco aberto pela Prefeitura de sua cidade para consertar a tubulação de água.

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, é possível ter acesso de maneira gratuita a um animal treinado. Por isso, é importante que os órgãos públicos estimulem a inclusão social no trânsito e promovam condições de utilização do cão-guia, proporcionando maior qualidade de vida e confiança às pessoas com deficiência visual.

"As pessoas acreditam que ter um cão-guia é inacessível, devido ao custo e trabalho envolvidos na formação do animal. A Semana da Mobilidade é um momento importante para levarmos essa informação a mais pessoas, para que saibam que é possível terem um cão que vai ser um meio transformador em suas vidas", destaca Thiago Pereira, gerente geral do Instituto Magnus, o maior centro de formação de cão-guia da América Latina, localizado em Salto de Pirapora, na região de Sorocaba-SP.

O instituto promove a inclusão social por meio do Projeto Cão-guia, uma ação sem fins lucrativos que treina e doa cães para serem os olhos de pessoas com deficiência visual. Desde sua inauguração, em setembro de 2018, já doou 35 cães para todo o Brasil. Atualmente, existem cerca de 500 inscritos à espera por um cão-guia. "Nossa intenção é contribuir com a inclusão social e promover a mobilidade e autonomia das pessoas com deficiência visual por meio da utilização do cão de assistência", completa Thiago.

No Brasil, mais de 7 milhões de pessoas apresentam alguma deficiência visual, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste total, cerca de 580 mil são completamente cegas e mais de 6,5 milhões apresentam baixa visão, seja por consequências congênitas ou adquiridas ao longo da vida.

A formação de um cão-guia

O processo para que o cão esteja apto a ser guia envolve um trabalho longo e intenso e o custo na sua formação é bastante elevado. Para possibilitar que mais pessoas tenham acesso a um animal que vai melhorar sua vida, o Instituto Magnus realiza um projeto muito especial: treina e doa cães para serem os olhos de pessoas com deficiência visual. O instituto conta com uma estrutura completa dentro de seus 15 mil metros quadrados, com maternidade, canil, clínica veterinária, centro cirúrgico, área de soltura, lazer e treinamento, prédio administrativo e hotel para receber futuros usuários de cães-guias.

Antes de chegarem ao seu destino final, os cães são acolhidos por famílias socializadoras, que os recebem em sua casa, onde ficam pelo período de um ano. O papel dos socializadores é expor os animais às mais diversas situações do cotidiano, para promover seu desenvolvimento e acostumá-los à rotina. Além, é claro, de dar a eles tempo e amor. O desafio destas famílias é saber que, depois desse período, os animais deverão voltar para o instituto, onde ainda ficam cerca de cinco meses em treinamento para se tornarem aptos a serem guias: aprendem a seguir comandos e desviar de obstáculos. Após formados, poderão ser doados para seguir sua missão, transformando a vida de pessoas com deficiência visual de todo o país.

Os interessados em terem acesso a um cão-guia podem entrar em contato com o Instituto Magnus pelo e-mail contato@institutomagnus.org .

SOBRE A ADIMAX

Fundada em 2002, a Adimax é hoje uma das maiores fabricantes de alimentos para cães e gatos no Brasil. Com sede em Salto de Pirapora, Região Metropolitana de Sorocaba (SP), filiais em Abreu e Lima (PE), Uberlândia (MG) e Goianápolis (GO), e Centros de Distribuição pelas regiões Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil, produz mais de 300 itens em diversas categorias. Entre as marcas de destaque estão a Fórmula Natural, Origens, Magnus e Qualidy.

A Adimax tem como missão promover o bem-estar animal e tem o engajamento com várias causas sociais, que fazem parte do seu propósito: "amparar idosos carentes, pessoas e animais com deficiência".

A garantia da segurança de alimentos é um compromisso da Adimax, que possui um Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos corporativo e certificado, a ISO 22000, atendendo a padrões internacionais de controle de qualidade, desde a matéria-prima até o produto final. Investe no sistema de gestão ambiental e mantém a certificação na norma ISO 14001:2015, garantindo um processo que reduz os impactos ambientais e contribui para a sustentabilidade da empresa.


Autor: Thais Gobbi
Fonte: Assessoria de Imprensa

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