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Estratégia traria mesmos benefícios do exame a partir dos 40 anos. Além disso, reduziria ocorrência de confirmações erradas de tumor

 

Seis grupos independentes de pesquisa americanos publicam nesta terça-feira (17) na revista "Annals of Internal Medicine" a conclusão de que exames de mama bienais em mulheres entre 50 e 74 anos são tão vantajosos quanto os exames anuais a partir dos 40, sem suas desvantagens.

Clique aqui para ler o artigo original (12 páginas, em inglês, formato .pdf)

As mamografias a cada dois anos conservariam quase todos os benefícios (em média 81% de detecção) do exame anual, com quase metade da incidência de falsos positivos (exames que indicam equivocadamente que a paciente tem câncer).


Ocorrência de falso positivo causa estresse desnecessário


Os pesquisadores examinaram 20 estratégias com diferentes faixas de idade e intervalos entre os exames. Avaliaram seu impacto, incluindo benefícios e desvantagens. O principal autor do artigo, Jeanne Mandelblatt, do Georgetown Lombardi Comprehensive Cancer Center, destaca que todas as avaliações chegaram à mesma conclusão, mesmo aplicando diferentes modelos de análise dos dados.


Precisamos de mais pesquisa para compreender como desenvolver o monitoramento segundo o risco individual"


Tomando por base um cenário em que não são realizados exames, nunca, a mamografia ano sim ano não a partir dos 50 anos alcança uma redução média na mortalidade por câncer de mama de 16,5%. Se o exame de mama começa aos 40 e é realizada, também, a cada dois anos, há uma redução média de mortalidade de 19,5%, o que significa uma mulher "salva" a mais a cada 1.000. O resultado é melhor, mas neste cenário cresce o número de falsos positivos, biópsias desnecessárias e ansiedade. "É uma situação que causa estresse", pondera Mandelblatt. "Precisamos de mais pesquisa para compreender como desenvolver o monitoramento segundo o risco individual (de surgimento de câncer)", diz.

O painel foi promovido pela Cancer Intervention and Surveillance Modeling Network (Cisnet), uma rede que recebe financiamento do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos. Clique aqui para acessar documento completo da Cisnet sobre câncer de mama (281 páginas, em inglês, formato .pdf).


Autor: Redação
Fonte: G1 - Ciência e Saúde

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