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O estudo será publicado na revista científica European Addiction Research

Um estudo que será publicado na primeira edição de 2010 da revista científica European Addiction Research indica que os esforços para reduzir o consumo de bebida entre os estudantes de medicina e os médicos devem focar tanto as expectativas com relação à bebida (mitos) quanto o consumo excessivo (comportamento).

Para determinar se a expectativa por parte dos médicos de que o álcool alivie a tensão poderia predizer a extensão do consumo perigoso, e se este efeito seria mediado pelo hábito de beber para suportar, pesquisadores noruegueses acompanharam, por seis anos, um grupo de 288 médicos noruegueses que consumiam bebidas alcoólicas. A expectativa de que o álcool reduzisse a tensão e o uso de álcool para lidar com a tensão foram medidos 3,5 anos após a graduação (T1); e o hábito lesivo de beber foi avaliado no T1 e 9,5 anos após a graduação (T2).

No T1, 15% dos homens e 3% das mulheres relataram beber em grande quantidade, enquanto, no T2, esta proporção foi de 16% e 2%, respectivamente. A expectativa de que o álcool reduzisse a tensão foi maior entre os homens do que entre as mulheres (p=0,03), e não foi observada diferença quanto ao hábito de beber para lidar com a tensão.

Os preditores de consumo abusivo no T2 foram o sexo masculino (p<0,01), a expectativa em relação ao álcool (p<0,01) e o consumo perigoso de álcool em T1 (p<0,001). O efeito da expectativa em relação ao álcool sobre o consumo em excesso em T2 não foi mediado pela bebida como forma de lidar com a tensão. E o consumo exagerado em T1 mediou o efeito de beber para lidar com o estresse em relação ao consumo excessivo em T2.

Fonte: European Addiction Research. Volume 16, Number 1, 2010. Pages 17-22

 


Autor: Bibliomed
Fonte: Bibliomed

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