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O estudo foi publicado na revista médica Heart

A baixa escolaridade pode estar associada a um risco aumentado de infarto agudo do miocárdio globalmente, principalmente nos países de renda elevada, segundo estudo publicado na revista médica Heart. Em estudo que avaliou a influência de diversas medidas do status econômico no risco de ataque cardíaco, pesquisadores de diversos centros de pesquisa ao redor do mundo – inclusive no Brasil (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo) – observaram que a escolaridade era o marcador de risco mais consistente.

O estudo (estudo caso controle INTERHEART) incluiu 12.242 casos de infarto agudo do miocárdio e 14.622 pessoas saudáveis como controle, sendo avaliado o primeiro caso de infarto não fatal. E o status socioeconômico foi medido através da escolaridade, renda familiar, bens domésticos e ocupação.

Nas análises, os casos apresentaram nível escolar mais baixo (< 8 anos) do que os controles. Os fatores modificáveis do estilo de vida – tabagismo, exercícios, consumo de frutas e vegetais, álcool e obesidade abdominal – responderam por metade do gradiente socioeconômico. E renda familiar, bens domésticos e ocupação não-profissional estiveram fracamente associados, ou não se encontravam associados de modo independente ao infarto agudo do miocárdio.

De acordo com os pesquisadores, em países de renda elevada (classificação do Banco Mundial), o Risco relativo ajustado relacionado à baixa escolaridade foi 1,61, enquanto foi substancialmente menor em países de média ou baixa renda: 1,25.

Fonte: Heart. Volume 95, Number 24, Oct 2009. Pages 2014-2022


Autor:
Fonte: Bibliomed

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