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O estudo foi realizado com 273 estudantes do ensino superior de São Paulo, que trabalhavam pelo menos seis horas por dia, de segunda a sexta-feira, e estudavam à noite

Jovens que dividem seu tempo entre trabalhar e estudar dormem pouco e, muitas vezes, sacrificam a condição física, segundo uma pesquisa recém-terminada, coordenada pela professora Frida Maria Fischer, da Faculdade de Saúde Pública da USP.

O estudo foi realizado com 273 estudantes do ensino superior de São Paulo, que trabalhavam pelo menos seis horas por dia, de segunda a sexta-feira, e estudavam à noite.

Durante a semana, eles relataram que dormiam seis horas e meia por dia. O estudo também demonstrou que, quanto mais horas os estudantes trabalhavam, menos tempo se dedicavam às aulas.

Já a prática regular de exercícios físicos só foi relatada por 30,7% dos estudantes trabalhadores ouvidos na pesquisa.

Frases

 

"São pessoas que precisam do emprego para poder pagar a faculdade"

RYON BRAGA

consultor, especialista em pesquisas sobre ensino superior

"Os alunos chegam mais cansados, mas a diferença é que as questões que eles trazem para aula são as que vivem diariamente"

MARIA DE FÁTIMA GUERRA DE SOUZA

docente da UnB, que tem como alunos, em sua maioria, professores do ensino básico

"O trabalho facilita a participação nas aulas, porque a gente passa por uma coisa na rua e vê depois a mesma coisa na faculdade"

AMIN ZIAD CHACRA, 27

estudante do curso noturno, que trabalha

"Além do conteúdo, eu aprendo a lidar com as diferenças e com a hierarquia"

DANIELLE MARTINEZ

estudante que faz estágio na Caixa Econômica Federal


 


Autor: Da Sucursal de Brasília
Fonte: Folha de São Paulo

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