Imprimir
 

Os pesquisadores demostraram, especificamente, que o estresse repentino melhorou a transmissão do neurotransmissor glutamato e melhorou a memória

O estresse diário, crônico, dia após dia, pode trazer complicações tanto para o lado físico como o mental e pode ter consequências negativas na apredizagem e nas emoções. Entretanto, curtos e repentinos incidentes estressantes podem, ao contrário, melhorar a aprendizagem e memória do indivíduo. Pesquisadores da Universidade de Bufallo, Estados Unidos, mostraram que ratos estressados repentinamente – através de exercícios aeróbicos súbitos, como nadar, seguidos de testes de memória – produziam o corticosterona (equivalente ao cortisol e a cortisona nos humanos), cujos efeitos são bastante positivos no cortex prefrontal do cérebro, uma região chave no controle do aprendizado e da emoção.

Os pesquisadores demostraram, especificamente, que o estresse repentino melhorou a transmissão do neurotransmissor glutamato e melhorou a memória. Hormônios ligados ao estresse têm lados positivos e negativos na sua ação no cérebro, mas o mecanismo por baixo desses resultados ainda é inconclusivo, diz Zhen Yan, professor de fisiologia e biofísica e que publicou o trabalho, junto com o grupo da pesquisadora Eunice Yuen, na edição de julho do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.

Muitas regiões chave do cérebro estão envolvidas na cognição e na emoção, incluindo o cortex prefrontal, um dos alvos destacados da ação do corticosterona, o principal hormônio do estresse. Todos esses estudos, diz Yan, trazem dados interessantes ligados à complexidade das ações desencadeadas pelo estresse em diferentes circunstâncias e podem ter aplicações no futuro.


Autor: Imprensa
Fonte: O que eu tenho? com informações da Bufallo University

Imprimir