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A conclusão é de um estudo, realizado pelo setor de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP

Sem a ajuda de medicamentos e com estratégias alcançáveis, as voluntárias do estudo perderam quatro quilos em dez meses, reduziram as medidas e elevaram a autoestima.

Ao contrário do que muitas mulheres pensam, é possível perder peso sem a ajuda de medicamentos. E não é tão difícil assim. Basta apenas mudar alguns hábitos não só alimentares, mas, principalmente, comportamentais.

A conclusão é de um estudo, realizado pelo setor de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP, que estabeleceu um programa de Coaching – processo que se utiliza de estratégias de metas, focando os recursos pessoais do indivíduo. A finalidade foi fazer com que os participantes, com a ajuda do profissional de saúde (o coach), definissem metas compatíveis e alcançáveis para melhorar a imagem corporal.

A pesquisa desenvolvida por Eliana Melcher Martins, José Roberto Leite e Rita Mattei Persoli, acompanhou 40 mulheres com obesidade, com peso médio de 84 quilos e índice de massa corpórea (IMC) de 32.

Ao invés de elevador, a escada

Durante dez meses de acompanhamento com encontros quinzenais, as mulheres receberam orientação nutricional, psicológica e foram incentivadas a praticar exercícios físicos. Além de evitar temperos industrializados e gordurosos, também foram incentivadas a mudar o comportamento e trabalhar a autoestima. “Em média, as mulheres acompanhadas apresentavam ansiedade leve, baixa autoestima e compulsão alimentar moderada, fator preponderante para o ganho de peso”, explica Mattei.

De acordo com a psicóloga Eliana Martins, para as mulheres que não têm tempo de praticar exercícios, trocar o elevador pelas escadas e caminhar mais, descendo uma estação de metrô ou do ponto de ônibus antes de chegar ao seu destino, foram algumas das ações recomendadas durante a participação do estudo.

Ao final do estudo, os resultados evidenciaram redução nos escores para depressão, ansiedade e compulsão alimentar. Houve redução significativa das medidas fisiológicas (peso, IMC, cintura, quadril). Em média, a perda de peso foi de quatro quilos e o IMC baixou de 32 para 30.

A idade e a busca pelo corpo perfeito

Rita explica que “Em sua busca pelo corpo perfeito, muitas mulheres deixam de considerar o fator idade se esquecem que o metabolismo se torna mais lento com o passar dos anos”, afirma. “Por conta disso, elas buscam recursos farmacológicos, muitos com efeitos colaterais graves”.

Rita acredita que a mídia, de forma geral, e a sociedade são cruéis quando o assunto é imagem. “Fortalecer emocionalmente o indivíduo para aprender a lidar com a vida e com a idade, utilizando as ferramentas naturais para manter-se saudável, é essencial para evitar distorção da imagem”, afirma. “O coaching pode ser um instrumento útil na prática clínica com mulheres insatisfeitas com seu aspecto físico”.


Autor: Imprensa
Fonte: O que eu tenho? com informações da Unifesp

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