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Atualmente, 20% das pessoas infectadas morrem a cada ano

Uma equipe de cientistas definiu uma estratégia para rastrear a evolução genética e a transmissão de um estafilococo resistente a antibióticos (Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM, também conhecido pela sigla inglesa de MRSA, para Methicillin-resistant Staphylococcus aureus), responsável pela maioria das infecções hospitalares, segundo trabalhos publicados na quinta-feira (21).

Os cientistas recorreram a novas tecnologias de decodificação do genoma deste patógeno, para comparar cepas isoladas em diferentes enfermos hospitalizados e determinar de forma extremamente precisa seu parentesco genético e como se transmitem.

Também puderam reconstituir as transmissões intercontinentais das diferentes cepas do SARM e remontar a sua origem, provavelmente na Europa, nos anos 60.

"Quisemos testar nosso método para ver se permitia rastrear a propagação da infecção em diferentes cepas de SARM de um continente a outro", explicou Simon Harris, do instituto britânico Wellcome Trust Sanger e coautor do estudo que terá seus resultados publicados na revista americana "Science" na edição de 22 de janeiro.

Uma das cepas de SARM, objeto de estudo, sofria mutação a cada seis semanas, precisaram.

Para o trabalho, os cientistas decodificaram o genoma do SARM de mostras reunidas de hospitais na América do Norte e do Sul, Europa, Austrália e Ásia, durante os últimos 30 anos.

A proporção de infecções hospitalares provocadas por SARM passou de 2% em 1974 a 22% em 1995; e a 63% em 2004. Atualmente, 20% das pessoas infectadas morrem a cada ano.


Autor: da France Presse, em Washington
Fonte: Folha Online

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