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Importância das características clínicas e da resposta ao tratamento para estabelecimento do prognóstico

Pesquisadores dos EUA analisaram os dados do grupo de intervenção de um grande estudo para demonstrar a importância da gravidade clínica, comorbidades e da resposta ao tratamento no prognóstico de pacientes geriátricos com depressão. Eles avaliaram se níveis crescentes de depressão basal estão ligados com outros fatores associados com a evolução da doença tais como depressão dupla, ansiedade, comorbidades e altos níveis de neurose e dor, e se estes pacientes realizariam um maior número de consultas, porém com uma menor probabilidade de remissão e grande possibilidade de recorrência após um ano de tratamento.

Os níveis crescentes de gravidade da depressão foram um preditor robusto da ausência de remissão, estando associados com outras variáveis clínicas que têm sido associadas com a ausência de remissão em estudos anteriores. Pacientes altos graus de gravidade realizaram significativamente mais consultas, usaram antidepressivos por mais tempo e participaram de um maior número de estudos, porém apresentaram menos dias sem depressão durante os 12 meses de intervenção e no ano seguinte.

A conclusão é que os pacientes com altos graus de depressão tiveram pior evolução clínica apesar de receberem um tratamento intenso. Propõe-se uma nova classificação da depressão com base na gravidade clínica, curso da doença e a experiência com o tratamento.

Fonte: Depression and Anxiety. Volume 27, Issue 1, 2010. Pages 19-26


Autor:
Fonte: Boa Saúde

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