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Paracetamol tem restrições após vacina

A prática comum de ministrar paracetamol antes ou logo após a administração de vacina em crianças pode comprometer a eficácia da mesma.

De acordo com um alerta feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o analgésico paracetamol deve ser evitado para controlar febres após a vacinação de crianças. Administrar o medicamento ao levar a criança para vacinar é uma prática comum, muitas vezes através de recomendação médica. Entretanto, um estudo internacional mostrou que o remédio pode comprometer a ação da vacina no organismo do paciente.

As autoridades afirmam que a febre faz parte da resposta normal do organismo, sendo autolimitada e sem consequências mais graves. No entanto, alguns pais e profissionais da saúde se preocupam com o possível acontecimento de convulsões causadas pela febre. Devido a essa preocupação, foi adotado o uso rotineiro de paracetamol ou medicamentos antitérmicos logo após a vacinação ou até mesmo antes.

O alerta vale para os casos de uso indiscriminado do medicamento para prevenção dos estados febris em crianças saudáveis e que não possuem histórico de convulsão. “Já em crianças com histórico pessoal ou familiar de convulsão, ou que apresentem febre superior a 39,5ºC, o uso da medicação é recomendado”, ressalva Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

A pesquisa que baseou o alerta, divulgada na revista britânica “The Lancet”, foi um estudo realizado com 459 crianças saudáveis, com idade entre 9 e 16 semanas, separadas em dois grupos. Após serem vacinadas, as crianças do primeiro grupo receberam doses de paracetamol como prevenção de febre. Já as crianças do segundo grupo não receberam a medicação. A pesquisa constatou que as crianças que não receberam a medicação tiveram uma melhor resposta à ação da vacina.
 


Autor: Redação
Fonte: Medic Supply

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