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A descoberta é de pesquisadores do INCT Redoxoma do Instituto Butantan e do Centro de Neurodegeneração da Faculdade de Medicina da USP

O estudo obteve resultados expressivos ao usar o antioxidante tempol no tratamento de camundongos com encefalomielite. Os sintomas neurológicos foram atenuados acentuadamente e a sobrevivência dos animais foi 70% maior em relação aos que não foram tratados. O trabalho desenvolvido pelo Instituto Nacional Ciência e Tecnologia de Processos Redox em Biomedicina, vinculado ao CNPq, Instituto Butantan e Universidade de São Paulo foi publicado no periódico Free Radical Biology & Medicina.

Os resultados obtidos abrem caminho para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas em nitróxidos para o tratamento de doenças neuroinflamatórias como a esclerose múltipla, que ataca o Sistema Nervoso Central (SNC) de forma degenerativa e incapacitante. No estudo, camundongos foram infectados com o vírus de hepatite neurotrópico (MHV-59A) para ocasionar encefalomielite. Os animais não tratados apresentaram os sintomas neurológicos rapidamente e morte de 90% das cobaias 10 dias após a inoculação. Além disso, os sobreviventes apresentaram déficits neurológicos.

Já o tratamento com tempol atenuou sintomas como letargia e paralisia das patas e o aumento da sobrevivência dos animais foi de 70. A integridade do SNC foi mantida, proporcionando a diminuição da concentração viral. Além da esclerose múltipla, outras doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica possuem componentes inflamatórios e possivelmente possam ser atenuadas com o uso do medicamento.

Embora diversos estudos em animais comprovem a baixa toxicidade para mamíferos, o uso em humanos dependerá de uma maior compreensão sobre os seus meios de ação in vivo .

 


Autor: Imprensa
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq

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