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Crianças que já tomaram primeira dose não conseguem obter a segunda. Até nove anos de idade, vacinação tem que ser dupla

Pais que recorreram para a vacina paga porque as crianças ficaram de fora da campanha contra a gripe A (H1N1), do Ministério da Saúde, agora enfrentam falta de vacinas nas clínicas particulares para a segunda etapa da imunização.

Há mais de quatrocentas clínicas particulares de vacinação no país. O Jornal Nacional procurou treze delas em São Paulo, e em nenhuma havia a vacina contra a nova gripe.

"Houve uma campanha muito grande em relação à gripe suína. E devem ser problemas de produção e coisas assim. Mas a realidade é que clinicas particulares hoje não têm. Nem suína, nem sazonal", afirma Vicente Amato Neto, da Associação Brasileira de Imunizações.

As crianças entre seis meses e dois anos de idade estão sendo vacinadas de graça nos postos de saúde - onde não há desabastecimento. Preocupados, muitos pais chegaram a pagar até R$ 90 para que os filhos que ficaram de fora do calendário oficial fossem imunizados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que toda criança pode e deve tomar a vacina contra o vírus A (H1N1). Até os nove anos são obrigatórias duas doses para que o organismo possa produzir os anticorpos suficientes para combater o vírus. Uma única dose não é capaz de impedir o contágio.

"Não deixe de tomar a segunda dose. É melhor atrasar um pouquinho e tomar a segunda dose do que não tomar a segunda dose se está indicado na faixa etária", afirma a infectologista Nancy Bellei, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A previsão é de que as vacinas cheguem às clínicas entre o fim de maio e início de junho.
 


Autor: Redação
Fonte: Site G1

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