Aspectos psicológicos de mulheres que buscam tratamento
Motivados pela escassez de dados que abordem aspectos psicológicos em decorrência da celulite, um grupo de pesquisadores gaúchos conduziu um estudo inovador. Os dados iniciais foram divulgados recentemente em periódico internacional (HEXSEL et al., 2009).
O estudo contou com a participação de 20 mulheres saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos. As participantes deveriam ter feito, em algum momento da vida, tratamento para combater a celulite. Foram aplicados questionários com o objetivo de averiguar desordens psicológicas e psiquiátricas, tais como depressão, ansiedade, transtornos comportamentais e sociais, e desvios de auto-imagem, além de tempo e dinheiro empreendidos no combate à celulite.
Os resultados mostram que a minoria das participantes (10%) foi pressionada pelo parceiro para a busca do tratamento contra celulite e/ou perda de peso. Grande parte da amostra (80%) relatou que o parceiro sequer presta atenção à celulite. Verificou-se um aumento de sintomas depressivos e ansiosos na medida em que ocorrem situações de exposição do corpo, porém, em escala moderada e não suficiente para preenchimento de critérios diagnósticos para tais patologias.
Os pesquisadores concluem o estudo comentando que a celulite causa sofrimento psicológico, porém, salientam a necessidade de uma amostra mais representativa, de modo a estudar de forma mais criteriosa a prevalência de transtornos alimentares, ansiedade, depressão e fatores associados.
Referência
HEXSEL, D. et al. Psychologic aspects of women who underwent cellulite treatments: Pilot study. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 60, n. 3, Supp 1, p. AB47, mar. 2009.
Autor: Guilherme Wendt - Equipe SIS.Saúde
Fonte: Journal of the American Academy of Dermatology