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A comercialização de remédios por camelôs em Porto Alegre

Recentemente, o jornalista Giovani Grizotti, publicou em Zero Hora matéria sobre a comercialização, a preços mais baixos, de remédios por camelôs em Porto Alegre, Canoas, Gravataí e Guaíba. A reportagem denunciou que ambulantes não apenas vendem os remédios como também dão informações que podem comprometer a saúde de quem faz uso dos mesmos.

Por trás da venda de remédios em locais não apropriados, esconde-se um outro perigo: a automedicação. Aliviar a dor imediatamente ingerindo os remédios que não são prescritos por um especialista é um erro. O Ministério da Saúde relatou em uma pesquisa, feita em novembro de 2008, que apenas 30% dos pacientes internados em UTI conseguiram absorver os componentes dos remédios que necessitavam. Uma das justificativas para o problema seria essa máscara utilizada durante diferentes períodos da vida diminuindo a imunidade e causando intoxicações sérias. A combinação errada de substâncias e a ingestão de remédios geram reações adversas e podem levar ao óbito. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%. Os antiinflamatórios, analgésicos e antitérmicos são os mais usados pela população sem às prescrições médicas.

Nesse contexto alarmante o Ministério lançou recentemente uma campanha ancorada pelo médico Dráuzio Varella, alertando para os males dos remédios vendidos nos comerciais. Junto da campanha, a resolução das propagandas de televisão foi modificada no dia 18 de dezembro passado. Nas novas regras, não é mais permitido mais o uso de imagens de celebridades orientando as pessoas a tomarem uma medicação prometendo alívios imediatos. A mesma regra proíbe usar de forma não declaradamente publicitária espaços em filmes, espetáculos teatrais e novelas, e lançar mão de imperativos como “use”, “experimente” ou “tome”.


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Fonte: Jornal Mente e Corpo - Disponível em: www.jornalmentecorpo.com

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