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Pesquisadora da UFSM aborda o tema durante o II Fórum Regional de Resíduos dos Serviços de Saúde

Durante o II Fórum Regional de Resíduos dos Serviços de Saúde, promovido pelo Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa), através do Comitê de Resíduos Hospitalares, a engenheira química Marta Tocchetto, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), discorreu sobre o tema "Resíduos Químicos Perigosos".

Contexto do II Fórum Regional de Resíduos dos Serviços de Saúde
A preocupação com o fomento de novos caminhos para reciclagem de materiais nobres procedentes de instituições hospitalares, aliado à sua missão institucional de aperfeiçoamento contínuo, visando à melhoria do conhecimento e das práticas em saúde, fez com que o Sindihospa realizasse, já em 2007, a primeira edição do Fórum.
Na edição de 2010, o foco do Fórum voltou-se à questão dos Resíduos Químicos, uma vez que gerenciamento adequado desses resíduos está relacionado às boas práticas internacionalmente difundidas. Esse processo de gerenciamento implica em um manejo adequado, segregação, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos ocasionados das atividades hospitalares. Portanto, o II Fórum Regional de Resíduos dos Serviços de Saúde configurou-se como um espaço de aprendizado e troca de experiências, expondo as últimas questões em termos de legislação, como as novidades em termos de práticas e processos.

Resíduos Químicos Perigosos: O que fazer?

Para a engenheira e professora da UFSM, Marta Tocchetto, muitas vezes, as instituições hospitalares contratam empresas especializadas para a destinação de seus resíduos sólidos sem que, contudo, tenham noção de que tal prática pode ter riscos. A emblemática questão "o que fazer?", segundo Marta, ainda é constante e desafia gestores hospitalares.

Para abordar esse tema, a especialista iniciou contextualizando o termo resíduo sólido e as características físico-químicas que vão especificar o seu destino mais indicado. Posteriormente, a engenheira explanou o que diz a legislação acerca do gerenciamento adequado que deve ser dado a esses resíduos. Para tanto, valeu-se da Portaria da Fepam 016/2010, que dispõe sobre o controle da disposição final de resíduos Classe I (de maior periculosidade), e que define o prazo de 18 meses, contados a partir de 20 de abril do corrente, para que os geradores de resíduos possam se adequar a norma.


"As alterações na legislação exigem mudanças de comportamentos, procedimentos, pesquisa e estratégias, em busca da eficiência ambiental"

No entendimento de Marta, é preciso mais do que método para se obter êxito no enquade às normas: é preciso gestão. Nesse sentido, a especialista indica a adoção de práticas como:
 
  •  Elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos;
  •  Práticas de redução e minimização de resíduos;
  •  Alternativas de tratamento de resíduos (in loco, incineração, tratamento biológico, etc);
  •  Controle, por meio de um Inventário de Geração de Resíduos;
  •  Adoção de medidas de segurança;
  •  Cuidados no armazenamento.
Para Marta, as mudanças em curso são benéficas para um quadro de melhoria ambiental, pois induzem a buscar de alternativas tecnológicas e gerenciais para o destinamento desses produtos. Ela afirma: "as definições da NBR ou FEPAM quebram com um paradigma de comodismo, a meu ver até então vigente. É claro que, inicialmente, pode ocorrer um sentimento de desconforto frente à mudança, pois temos de rever práticas e isso muitas vezes é complicado".
 
A palestrante possui um portal na internet, com informações e artigos correlatos ao apresentado durante o II Fórum de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde. Confira: http://marta.tocchetto.com.

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Autor: SIS.Saúde
Fonte: SINDIHOSPA - II Fórum Regional de Resíduos dos Serviços de Saúde

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