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Paciente transplantado aguarda medicamento há uma semana em Caxias
 
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06/04/2015

Paciente transplantado aguarda medicamento há uma semana em Caxias

Remédio, fornecido pelo Estado, inibe rejeição ao tranplante de medula óssea

Há uma semana, as buscas de Jaime Luis Bascheria pelo medicamento que garante a própria saúde são quase diárias. É o remédio Ciclosporina, tomado por ele todo dia, que inibe a rejeição ao transplante de medula óssea feito em outubro do ano passado. Fornecido pelo Estado e retirado todo mês na Farmácia Especializada do município, desde quinta-feira o remédio está em falta.

— Não posso ficar sem esse remédio. Eu cheguei na farmácia e ninguém sabe informar nada, não tem previsão de chegada. Isso é jeito de atender as pessoas? — reclama.

Há um ano, Bascheria descobriu estar com leucemia (tipo de câncer que acomete os glóbulos brancos produzidos pela medula óssea). No ano passado, passou quase 50 dias no hospital com sessões de quimioterapia e radioterapia para o transplante de medula, feito no final de outubro, na Santa Casa, em Porto Alegre.

A recuperação é lenta: durante dois anos, ele, vendedor de carros, não pode trabalhar. Atividades físicas estão suspensas por cinco anos. Toda manhã, ele toma dois comprimidos de Ciclosporina, um de 100mg e outro de 50mg. Na farmácia, duas caixas com 50 comprimidos cada das duas dosagem do remédio custam juntas cerca de R$ 680.

Na falta do remédio, Bascheria tem alterado, por sugestão do próprio médico, a dosagem do medicamento. A Ciclosporina de 50mg acabou. Dia sim, dia não, ele reveza doses de 100mg e 200mg. Os comprimidos vão durar até o dia 9 de abril, data em que a secretaria Estadual da Saúde estima a regularização da distribuição. Se atrasar, ele ficará sem o medicamento que garante a sua recuperação.

— Eu tomo outros oito remédios. Gasto mais de R$ 400 todo mês na farmácia. Mas é este que impede a rejeição ao transplante, que impede que o câncer volte. Serei obrigado a comprar, mas o medicamento é muito caro —explica.

Contraponto

Secretaria Municipal da Saúde

Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria Municipal da Saúde informou que o fornecimento do medicamento Ciclosporina é de competência do Estado. A última remessa de Ciclosporina recebida pelo município foi em 29 de janeiro deste ano. O estoque esgotou no final de março e não há previsão de regularização.

Secretaria Estadual da Saúde

Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria Estadual da Saúde informou que o medicamento estará disponível a partir de 7 de abril em Porto Alegre e que dentro de dois dias estará nas secretarias da Saúde do interior. Houve problemas na licitação que elege a empresa que distribui o medicamento para o Estado.


Autor: Manuela Teixeira
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Felipe Nyland

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